São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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BC quer extinção do Baneser

DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe de interventores do Banco Central, que administra o Banespa desde sexta-feira passada, estuda a extinção do Baneser (Banespa Serviços Técnicos e Administrativos S/A).
O órgão, ligado ao banco, funciona como uma espécie de agência de empregos do governo de São Paulo. De 1988 até o ano passado, contratou 18 mil funcionários sem concurso público.
Com a intervenção no Banespa, à equipe do Banco Central ficou a tarefa de resolver esse caso, considerado um dos principais problemas a ser enfrentados por Covas.
Os interventores devem levar em conta, nesse episódio, uma decisão judicial recente, que considerou ilegais as contratações sem concurso público.
O presidente do Baneser no governo Fleury, Antonio Carlos Rios Corral, chegou a ser condenado por crime de improbidade administrativa pela 10ª Vara da Fazenda Pública como responsável pelas contratações.
Corral recorreu da decisão e apontou Fleury como responsável pelos contratos sem concurso.
Além do caso Baneser, o governo Covas planeja a extinção de muitos cargos de confiança da administração.
As estatais devem ser as mais atingidas por este tipo de corte. Estudo da equipe de Covas descobriu que empresas como a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), por exemplo, possuem 70 superintendentes.
O governo não definiu quantos cargos serão extintos, mas o corte será amplo segundo assessores do novo governador.
A equipe de Covas estuda ainda a criação de uma comissão para investigar casos de suspeita de corrupção que envolvam funcionários do governo.
Seria uma espécie de CEI (Comissão Especial de Investigação), que funcionou durante o governo de Itamar Franco.
A proposta é do empresário Emerson Kapaz, que tomará posse hoje no cargo de secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico.

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