São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995 |
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Arraes critica políticas social e econômica
FÁBIO GUIBU
Disse que ao lutar contra a crise, "a voz de todos os nordestes espalhados pelo Brasil" não busca a "estabilidade pela estabilidade". "A estabilidade que queremos", disse, é a que consolida "uma nação onde brasileiros não sejam tratados como estrangeiros". Para Arraes, é o atual modelo econômico o responsável pela existência de "milhões de exilados em seu próprio território". O novo governador criticou também o projeto social-liberal que, segundo ele, permite que partes do país se descolem de outras e encontrem formas particulares de internacionalização. Arraes afirmou que o processo de globalização da economia, "sobre o qual não temos domínio", pode levar à "fragmentação do nosso território". "Não é este o nosso caminho. Queremos a integridade real, e não apenas formal do país", disse. A defesa da unidade nacional, afirmou, é o caminho para vencer o que classificou de "apartheid social". Arraes alertou ainda em seu discurso para o "progressivo isolamento" e "tratamento desigual" a que estaria sendo submetido o Nordeste pela União. Disse que não tem "soluções de algibeira ou mágicas administrativas" e que, apesar das divergências que prevê em seu governo, não recusará as convergências "quando ela significarem o interesse da maioria". Arraes tomou posse às 9h30, na Assembléia Legislativa. A transmissão de cargo ocorreu no Palácio do Governo, às 10h20. A única manifestação, sem incidentes, foi de ex-funcionários do Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco), demitidos há três anos pelo então governador Joaquim Francisco (PFL). Texto Anterior: Buaiz assume com bloqueio Próximo Texto: Marcello Alencar ataca brizolismo no Rio Índice |
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