São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Recuperação é lenta e delicada
JAIRO BOUER
Após o transplante, a medula precisa de três semanas para voltar a produzir os primeiros glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. Além dessa demora "natural", a pessoa recebe medicações imunosupressoras para evitar que as células transplantadas "ataquem" o organismo do receptor. Essa situação faz com que a pessoa passe por um período de rebaixamento imunológico intenso. Bactérias, fungos e vírus podem causar infecções graves que trazem risco de vida. Alguns antibióticos especiais devem ser usados para tentar evitar as infecções. Os sangramentos são outro problema comum. A falta de plaquetas desequilibra todo o sistema de coagulação. Plaquetas devem ser transfundidas até que a medula volte a trabalhar adequadamente. A falta de glóbulos vermelhos (que carregam o oxigênio para todas as células do corpo) é contornada com transfusões periódicas de sangue. O paciente transplantado leva de seis meses a um ano para ter seu sistema imunológico funcionando plenamente. Em função dessas complicações, a chance de sobrevivência após um transplante varia de 60% (nas leucemias em fase inicial) até 80% (nos casos de aplasia). (JB) Texto Anterior: Entidade ajuda doentes carentes e seus familiares Próximo Texto: Banco de medula é ponte entre doador e receptor Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |