São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995 |
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Brasileiro ajuda Ronaldo a vencer
EDGARD ALVES
"Acompanhei a briga inicial e me desgastei. O Ronaldo ficou mais atrás", afirmou. A declaração não foi um lamento. Vanderlei acha que quem se sente bem deve correr mesmo na frente e, na corrida, um deve incentivar o outro com um "vamos lá", como teria ocorrido com ele, Ronaldo e Valdenor dos Santos, seu companheiro de equipe na Funilense, sétimo colocado com 45min00s06. Vanderlei, um ex-trabalhador rural, na região de Cruzeiro do Oeste, no Paraná. Completou o segundo grau e pretende cursar educação física. "A falta de recursos me fez perder dois anos de escola. Agora está melhor", falou o corredor que ganha aproximadamente US$ 800 como atleta da Funilense. É casado e tem duas filhas, Any Caroline, 3, e Taina, de quatro meses. Vanderlei (25 anos, 1,69 m e 52 kg) gostava de futebol, era ponteiro e um técnico em atletismo, percebendo sua velocidade, o convidou para correr em 85. Não parou mais. É internacional. Ganhou a Maratona de Rheims, na França, com 2h11min06s. Em Meia-Maratona, foi segundo em Berlim e terceiro em Tóquio. "Em Rheims, eu era 'coelho' (corre na frente no início para dar ritmo na prova), mas me senti tão bem, que continuei e venci", afirmou o corredor, que não faz nenhum tipo de dieta e garante comer "'até ferro se servirem". Ele esperava ficar entre os dez primeiros. Treinou cinco semanas em Campos de Jordão, especialmente para a São Silvestre. (EA) Texto Anterior: Chemwoyo e Bayesa têm desempenho ruim Próximo Texto: Mulher corre prova masculina Índice |
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