São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995 |
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Vozes do além Na década de 60, o ex-deputado Cirilo Júnior ganhou o posto de embaixador em Bruxelas. Amante dos prazeres da vida, Cirilo achou que havia obtido o paraíso. Só aos poucos percebeu que a vida diplomática exige paciência. Logo já reclamava da "chatice" dos visitantes protocolares. Dizia que a sua felicidade dependia de descobrir um método para livrar-se deles. Certo dia, soube que o antigo embaixador Nabuco amenizara aquele problema, desenvolvendo um código para avisar aos visitantes de que a audiência chegara ao fim. Para tanto, bastava que batesse por três vezes a mão sobre o joelho. Cirilo decidiu adotar o método e quis colocá-lo em prática durante uma visita de diretores da Vasp. Só que ninguém avisara os visitantes da novidade. A conversa corria solta, quando Cirilo começou a bater a mão na perna. Começou com três tapas e logo se esmurrava, gritando: – Nabuco! Nabuco! Assustados, os visitantes bateram em retirada. Quando o último saiu, o embaixador comentou: – Este Nabuco é formidável. Texto Anterior: Ironia fina; Sem linha; Jogo duro; Aviso prévio; Mais um; Comando mantido; Vocação regional Próximo Texto: França quer descriminar o consumo de maconha Índice |
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