São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995
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Egípcios descreveram dores há 3000 anos

ANDRÉ MUGGIATI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um exame nos rins de múmias dos faraós egípcios, datadas de 3.000 a.C., constatou a presença de cálculos renais. As fortes dores das cólicas renais são descritas em pergaminhos da época, diz o urologista William Nahas, do HC.
Durante séculos, o tratamento para as cólicas renais foram os chás de Phillantus urinario, mais conhecida como quebra-pedra.
A partir do início do século 20, com o desenvolvimento das técnicas cirúrgicas, passou a ser possível aliviar as dores das cólicas renais extraindo as pedras.
O procedimento, feito com anestesia, inicia com um corte nas costas do paciente. O rim é retirado, aberto e, as pedras, extraídas.
Após a cirurgia o paciente fica internado por pelo menos uma semana e há o risco de infecção.
O paciente pode ir para casa no dia seguinte à cirurgia e os riscos de infecção são reduzidos.
A maior revolução neste campo veio em 83. Foi inventado, na Alemanha, um aparelho que destrói os cálculos sem cirurgia, através do bombardeio por ondas de choque. Eles se quebram e são liberadas através da urina.
Não é preciso anestesia e o paciente pode voltar para casa, e ao trabalho, no dia da aplicação.
Segundo Nahas, em 80% dos casos a pedra é destruída com uma única aplicação.
O método é usado há cinco anos. A cirurgia percutânea passou a ser usada apenas quando a pedra é muito dura e a cirurgia clássica caiu em desuso nos grandes centros.
(AM)

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