São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995 |
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Estado quer negociar redução no ICMS
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
A contrapartida seria o aumento da arrecadação por intermédio, por exemplo, do combate à sonegação com participação da sociedade. "Só estou esperando o sinal verde do governador Mário Covas para iniciar os debates junto com a Secretaria da Fazenda. As mudanças tributárias são urgentes", afirma o secretário de Ciência e Tecnologia, Emerson Kapaz, ex-presidente da Abrinq (entidade que reúne os fabricantes de brinquedos). Segundo ele, a maioria das empresas já fez os ajustes internos necessários para conseguir mais produtividade e competitividade. "Faltam agora reformas que reduzam o ônus da produção para as indústrias nacionais", diz. Kapaz concorda com o empresário Mário Adler, presidente da Estrela, que a alta carga tributária e o elevado custo da mão-de-obra encarecem a produção no Brasil. "Os salários são baixos no nosso país. O problema são os encargos trabalhistas", afirma. Segundo Kapaz, é inevitável hoje que os preços sejam determinados pelo mercado internacional. Por isso sua empresa, a Elka, do setor de brinquedos, não pratica reajustes há oito meses, afirma. As matérias-primas como papel, celulose e do setor petroquímico já acumulam aumento de mais de 20% em seus preços nesses oito meses, calcula Kapaz. Os salários dos trabalhadores do setor de brinquedos foram reajustados em 27% em dezembro, diz, aumentando a pressão de custos. Em janeiro, conta, a Elka terá de subir seus preços de 10% a 12%. "Isso é metade da inflação acumulada em oito meses." O empresário espera que o reajuste não seja repassado ao preço do produto final. Texto Anterior: Estrela planeja importação recorde Próximo Texto: Continuidade provável; Eleição indireta; Segundo round; Alta velocidade; Fabricante ligado; Contas novas; Armadilha legal; Venda condicional; Iniciativa européia Índice |
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