São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995 |
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Guarani vence com três gols de Adriano
MÁRIO MOREIRA
Trata-se de Adriano, 19, autor dos três gols do time de juniores na vitória de 3 a 1 sobre a seleção japonesa, no Pacaembu, na estréia do clube na Copa São Paulo. Adriano tem um estilo muito semelhante ao de Amoroso: não participa muito do jogo, mas é habilidoso e está sempre bem colocado dentro da área. A partida, porém, não foi tão fácil para o Guarani –atual campeão do torneio– quanto se poderia supor. Além de muita disposição, os japoneses revelaram organização tática e, em alguns casos, boa técnica individual. Desde o início da partida, o Japão mostrou que estava disposto a vencer. Logo na saída do jogo, Sato recebeu e chutou do círculo central, mas a bola foi para fora, sem perigo. Os japoneses atacavam em velocidade, quase sempre pela direita, aproveitando a falta de cobertura do lateral-esquerdo Júlio César. Na defesa, o Japão atuava com Saito na função de líbero (defensor mais recuado, sem posição fixa) e Shiba e Yamada marcando individualmente Adriano e Luís Carlos. A ingenuidade do time japonês ficou evidente, porém, aos 5min, quando Adriano ficou livre para marcar. Mas o gol do Guarani não desanimou o Japão, que continuou atacando, principalmente através de Sato e Okistu. Mesmo depois de empatar, aos 18min, o Japão manteve o ritmo, incentivada pela torcida do Corinthians, que faria a partida principal da rodada no Pacaembu. O Japão começou, inclusive, a alternar as jogadas pela direita e pela esquerda, ameaçando constantemente a defesa do time campineiro. A partir dos 35min, o Guarani conseguiu conter a correria do adversário e a dominar as ações. Aos 40 e aos 45min, aproveitando falhas do miolo de zaga japonês, Adriano voltou a marcar. No segundo tempo, o time do Guarani recuou para dar menos espaço aos atacantes japoneses e, ao mesmo tempo, obrigar o Japão a se abrir. O ritmo da partida caiu bastante nessa fase. O Guarani adotou um jogo mais cadenciado e os japoneses pareceram sentir o calor. Por duas vezes no segundo tempo, Adriano esteve perto de marcar. A primeira foi aos 9min, quando deixou a bola passar por baixo de suas pernas dentro da pequena área. Depois, aos 34min, ele entrou driblando e chutou fraco, permitindo a Ando fazer a defesa. Texto Anterior: O caso Marcelinho e o futuro do Flamengo Próximo Texto: Meta de Adriano é suceder Amoroso Índice |
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