São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995 |
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DOIS PERDIDOS NUMA NOITE ESTRANHA
ANTONINA LEMOS
Os dois idealizadores do "mangue beat" (espécie de cooperativa de rock criada em Recife) foram convidados pela Folha para passear pela cidade em uma quinta-feira à noite. Não que São Paulo seja uma novidade para eles. O lugar foi a primeira parada dos garotos na maior empreitada que fizeram. Eles vieram para a cidade em 92 com um objetivo pretencioso: conseguir gravar discos e fazer sucesso. Deu certo. Chico Science lançou em agosto o CD "Da Lama ao Caos", pela poderosa Sony Music. Em outubro foi a vez do Mundo Livre lançar "Samba Esquema Noise" pelo Banguela, da Warner. A "noite" por São Paulo começou no restaurante japonês Takahati, na Liberdade. A idéia foi de Chico, que se revelou um profundo conhecedor da culinária japonesa. Quem pensa que o pernambucano só gosta de "tomar uma cerveja antes do almoço para ficar pensando melhor" (como diz na música "Praiera") se engana. Nesse dia, o grande lance foi tomar um saquê antes do jantar. Depois do jantar, eles fizeram uma rápida passagem por um boteco do centro, onde se abasteceram com cervejas e cigarros. Passando de carro pela rua da Consolação (zona central), deram de cara com uma figura famosa no mundo clubber paulistano, a drag queen Grace Lesada. Levaram um certo susto, mas garantiram que as drags não são privilégio de São Paulo. "Agora lá em Recife também tem drag queen", admitiu Chico. A noite não acabou aí. Eles foram até a rua Franz Schubert (Jardins), de onde quiseram sair logo. "Aqui só tem playboy", disse Fred. O agito terminou no bar Jungle, na Vila Madalena, que os dois já conheciam. Lá os Pernambucanos se descolaram. Encontraram amigos e beberam até às 4h da manhã. Texto Anterior: UEE cria departamento jurídico para queixas sobre mensalidades Próximo Texto: Praia de Recife inspirou Fred Índice |
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