São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Alimentos derrubam a inflação para 1,25%
MAURO ZAFALON
As previsões iniciais da própria Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas eram de taxa entre 1,5% e 1,7% para o mês passado. O recuo além do previsto ocorreu devido à forte desaceleração dos alimentos, afirmou Rizzieri. Em dezembro a Fipe registrou elevação de 0,10% no preço dos alimentos, contra alta de 4,75% em novembro. O setor de vestuário também ajudou a puxar a taxa de inflação para baixo. No mês passado a Fipe registrou queda de -1,02% nos preços do setor, após alta de 4,25% em novembro. Apesar da desaceleração da taxa média de inflação, alguns itens continuam pressionando. Aluguel está na liderança, com alta de 9,93% em dezembro. Nos seis primeiros meses do real os paulistanos tiveram aumento acumulado de 81,56% neste item. Serviços O setor de serviços também se mantém em alta. Os serviços pessoais (cabeleireiro, costureira etc.) ficaram 7,61% mais caros no mês passado, acumulando 59,72% no semestre. Já os serviços médicos subiram 3,53% em dezembro. As vendas aquecidas em dezembro favoreceram o repique de preços também no setor de bens duráveis, onde a Fipe registrou reajuste médio de 3,5%. Com a alta de 1,25% no mês passado a inflação dos seis primeiros meses do Plano Real é de 18,3% em São Paulo, segundo a Fipe. O grupo que mais pressionou neste período foi habitação (27,78%), devido à alta acumulada de 81,56% nos aluguéis. A seguir vieram alimentação (24,34%), saúde (16,46%), transportes (11,29%), despesas pessoais (9,28%) e vestuário (3,47%). No primeiro semestre de 94 os preços tinham subido 780%. A Fipe não divulgou a taxa anual de inflação de 94 para não misturar evolução de preços em cruzeiros reais e em reais, segundo Juarez Rizzieri. Pressão em janeiro O panorama para os próximos meses é tranquilo para o economista da Fipe. A inflação de janeiro volta a subir, devido a uma pressão de produtos industrializados e alguns alimentos, mas fica próxima a 1,5%. Nos próximos meses tem novo recuo, fechando o trimestre com evolução média mensal de 1%. Texto Anterior: O câmbio sem discussão Próximo Texto: Dieese apura alta de 2,37% Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |