São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995
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Nas ondas do rádio

Na campanha presidencial de 89, Leonel Brizola ainda era o favorito para ir ao segundo turno contra Fernando Collor. Os brizolistas programaram uma visita à região oeste do Paraná, área onde muitos gaúchos se fixaram. Os conterrâneos de Brizola seriam receptivos, previam os assessores.
Numa das cidadezinhas, o candidato chegou à casa de agricultores gaúchos e foi logo cumprimentando os moradores. De imediato, o pai da família comemorou:
– Que bom ver o senhor, doutor Brizola! Lembro muito bem de quando eu morava no Rio Grande e o senhor era governador.
Brizola abriu um largo sorriso. E o homem continuou:
– A gente acompanhava tudo o que o senhor fazia.
O candidato já se convencera de que estava diante de um velho militante trabalhista quando o agricultor explicou:
– Na hora do almoço, se a gente queria ouvir o rádio, o senhor estava falando. De noite, a gente sentava ao lado do rádio, ligava e lá estava o senhor, falando. Dormíamos e, na manhã seguinte, quando ligávamos o rádio, o senhor continuava falando...

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