São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995
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Rua em Pinheiros teve 6 árvores derrubadas

DA REPORTAGEM LOCAL

A zona oeste foi a região que mais sofreu com a queda de árvores durante as chuvas de ontem. Dezenas de árvores caíram em Pinheiros, Alto de Pinheiros, Butantã, Vila Madalena e Lapa.
Na rua Pedroso de Moraes, no Alto de Pinheiros, caíram seis grandes árvores, bloqueando o trânsito, que foi desviado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
O percurso entre a Pedroso de Moraes e o acesso à ponte da Cidade Universitária através da praça Panamericana demorava cerca de 40 minutos no final da tarde.
Os semáforos no trecho entre a marginal Pinheiros e a avenida Brasil ficaram desligados a partir das 17h.
Na avenida Brasil, cinco árvores tombaram. Linalva Tavares, que trabalha na rua Natingui, no Alto de Pinheiros, diz que a chuva foi mais forte por volta das 17h. "Era um vendaval que parecia que ia acabar com esse mundo de Deus", disse Linalva.
No Itaim-Bibi, a chuva e o vento forte duraram cerca de dez minutos. Placas de trânsito foram derrubadas e houve falta de energia. Os carros que passavam pelas ruas Bandeira Paulista e Joaquim Floriano neste horário tiveram que parar no meio da pista, mantendo o pisca-alerta ligado, impossibilitados de seguirem devido à falta de visibilidade.
Os ventos derrubaram três outdoors na avenida Rubem Berta, que atingiram um hospital e uma casa. Não houve feridos. Na praça Panamericana, um outdoor caiu sobre um carro estacionado.
Na avenida Brigadeiro Luiz Antonio, próximo da alameda Santos, uma árvore caiu em cima de um ônibus por volta das 17h. Segundo o policiamento de trânsito, não houve feridos.
Uma árvore caiu sobre três carros na avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, perto do Hospital das Clínicas.
A Eletropaulo afirma que algumas das árvores derrubadas pela chuva estavam infestadas de cupim e que parte do problema poderia ser evitado se houvesse melhor controle pela prefeitura. Segundo a Eletropaulo, a queda de árvores foi responsável por cerca de 90% dos casos de interrupção da energia.
Às 22h30, quase todas as ruas e avenidas de Moema continuavam sem luz e com semáforos apagados. No Butantã, os ventos destelharam a quadra de esportes da Estação Especial da Estação Ciência da USP, usada para cursos para deficientes físicos.
Às 16h40, a Eletropaulo obteve autorização para iniciar o bombeamento das águas do rio Pinheiros para a represa Billings para diminuir os riscos de inundação do rio.
A Eletropaulo colocou 700 homens divididos em cem equipes nas ruas para reparar os danos causados à rede elétrica. A empresa afirmou que, devido aos problemas de trânsito, os reparos estavam sendo lentos.
O número 196 (disque-luz) ficou congestionado. "Liguei várias vezes na Eletropaulo e só dava ocupado", disse a artista plástica Beatriz Kliass, 50, moradora de Perdizes (zona oeste).

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