São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995 |
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Prostitutas ganham salvo-conduto em SP
VALMIR DENARDIN
O salvo-conduto foi concedido anteontem pelo juiz substituto da 3ª Vara Criminal de Sorocaba, Paulo Henrique Pagliuso, a partir de pedidos de habeas corpus preventivos feitos pelos advogados José Paulo Lopes e Maria do Carmo Falchi. Segundo os advogados, as mulheres que se prostituem em duas praças no centro da cidade estavam sendo agredidas e presas arbitrariamente pela polícia. "Prostituição não é crime e ninguém pode ser preso por isto", disse Lopes. As prostitutas acreditam que, com o salvo-conduto na bolsa, terão mais segurança. "Quem sabe assim eles (a polícia) deixem a gente trabalhar", disse M.A.C., 27, que há dois anos se prostitui no largo do Rosário e já foi detida por "vadiagem". Jussara Aparecida Rodrigues, 31, prostituta há 15 anos, afirma esperar mais clientes. "A maioria dos clientes é casada e eles estavam com medo de ser presos junto com a gente", disse. Lopes afirmou que entrará com 20 novos pedidos de habeas corpus preventivos em favor de outras mulheres. Texto Anterior: Ubatuba está entre as mais limpas do litoral Próximo Texto: Nova Operação Descida deve começar em março Índice |
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