São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995
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Divisão de lucro é alvo de críticas

JOÃO CARLOS DE ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A principal polêmica em torno dos bingos se refere à porcentagem paga às entidades esportivas.
Para que o clube ou associação esportiva tenha uma casa de bingo, é necessário provar a participação em competições oficiais e a prática de pelo menos três modalidades olímpicas.
A entidade também não pode ter dívidas com o governo federal. No caso de federações, elas devem ser filiadas à confederação.
Pela legislação, 65% do faturamento são destinados a prêmios e impostos. Dos 35% restantes são pagas as despesas gerais e administrativas e a porcentagem que cabe à entidade esportiva.
A porcentagem depende do contrato entre a empresa administradora do bingo e o clube.
As principais críticas contra os bingos alegam que as entidades esportivas estariam ganhando pouco. Os empresários argumentam que o risco do negócio é todo deles.
Uma questão levantada é o porquê de grandes clubes não gerirem os seus próprios bingos.
O São Paulo, por exemplo, contratou a Espor Promoções Artísticas para gerir o Bingo Pamplona, instalado nos Jardins (zona sul de São Paulo).
O bingo tem um faturamento mensal estimado em cerca de R$ 2,5 milhões. O São Paulo recebe 10% desse valor por mês.
Segundo Reinaldo Pereira Mendes, gerente de marketing do clube, a falta de experiência pesou na decisão de não administrar o próprio bingo.
O Bingo Cidade Jardim, aberto ao público na última quarta-feira, teve investimento de R$ 2,5 milhões. O Palmeiras contratou a Canoy Entretenimentos e Produções Ltda. para administrá-lo.
A Espor e a Canoy pertencem ao Grupo Hawaí, que tem tradição em São Paulo na administração de salas de cinemas.
(JCA)

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