São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995 |
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Deputado defende ação em favor do jogo
JOÃO CARLOS DE ASSUMPÇÃO
"É melhor vocês fazerem alguma coisa, porque depois não adianta chorar", disse Faria de Sá a empresários de bingo reunidos anteontem em São Paulo. Além das críticas, as casas de bingo são objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade apresentada pelo secretário nacional da Receita Federal, Everardo Maciel. A ação, que tramita no Supremo Tribunal Federal, alega que os bingos são ilegais porque a Constituição proíbe o jogo no país. Faria de Sá sugeriu ainda aos empresários uma campanha junto à opinião pública. Segundo ele, caso isso não seja feito, há o risco de essa ação ter um desfecho prejudicial às casas de bingo. A campanha serviria para esclarecer a distribuição dos lucros gerados pelo jogo. "Se um clube recebe 5% do lucro bruto, estaria recebendo 50% do valor líquido", afirmou o deputado. Segundo Faria de Sá, 65% do faturamento são destinados aos prêmios e impostos, enquanto cerca de 25% cobrem despesas gerais e administrativas. Ex-presidente da Portuguesa, o deputado afirmou que o clube paulista obteve "ótimos resultados" com a casa de bingo que mantém. Segundo Faria de Sá, as verbas geradas serviram, por exemplo, para a construção de um centro de treinamento. Sobre as críticas que vêm sendo feitas por Pelé, o deputado foi irônico. "Pelé deve ter criticado os estabelecimentos de bingo pela má experiência que o Santos teve", disse. (JCA) Texto Anterior: Empresários vão defender bingos junto ao Congresso Próximo Texto: Divisão de lucro é alvo de críticas Índice |
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