São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995 |
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Mudança deve ser prazerosa
PAULO COELHO
No final do ano, Judith faz uma lista de decisões para o ano seguinte. Os primeiros dias de janeiro são fáceis; ela obedece a lista, dá passos que sempre adiou. Em fevereiro, já não tem a mesma disposição, e a lista começa a falhar. Quando março chega, Judith já quebrou todas as promessas feitas no Ano Novo; e irá sentir-se pequena, culpada até a última semana do ano. Quando, enfim, esta semana chega, ela faz de novo as promessas, e o ritual se repete. Não devemos tentar melhorar naquilo que os outros esperam de nós: mas descobrir o que esperamos de nós mesmos. Aí nem é preciso prometer nada, porque mudamos com prazer e alegria. Texto Anterior: Milan Kundera escreve livro em francês Próximo Texto: Tunga critica organização da Bienal de SP Índice |
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