São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995 |
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Vaticano afasta bispo francês progressista
ANDRÉ FONTENELLE
Gaillot se tornara conhecido por suas constantes entrevistas à imprensa –inclusive uma revista voltada a homossexuais–, em que defende opiniões polêmicas. Ele apóia a ordenação de homens casados e os direitos dos homossexuais. Declarou-se a favor do uso da camisinha e da pílula anticoncepcional e atacou a política antiimigração da França. Em dezembro, participou da invasão de um prédio abandonado de Paris por um grupo de sem-teto. A Santa Sé explicou em nota oficial que "durante dez anos o bispo não levou em conta as observações que lhe foram feitas". Monsenhor Gaillot foi chamado a Roma, mas se recusou a apresentar sua demissão. Foi afastado assim mesmo. Ele foi nomeado bispo de uma diocese na Mauritânia que não existe mais –forma tradicionalmente empregada pelo Vaticano para "demitir" um bispo. O bispo punido se disse "surpreso" pela decisão e afirmou que talvez se enclausure em um mosteiro para meditar. "Lamento que haja falta de liberdade de expressão na Igreja", declarou. Texto Anterior: Filipinas denunciam complô para assassinar o papa João Paulo 2º Próximo Texto: Rússia avança em Grozni, diz ministro Índice |
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