São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995
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Dini segue receitas do FMI

DA REPORTAGEM LOCAL

Com Lamberto Dini, 63, o Fundo Monetário Internacional chega pela primeira vez ao governo.
Nascido em Florença, Dini formou-se em economia e se especializou em técnica bancária nos EUA. Trabalhou no FMI e chegou ao Comitê Executivo do órgão.
Em 1979 foi indicado diretor-geral da Banca D'Itália, o banco central italiano. Em maio de 1994, Berlusconi o nomeou ministro do Tesouro, o equivalente no Brasil a ministro da Fazenda.
Sua atuação tanto no banco como no governo italiano foi marcada pela influência do tradicional receituário econômico do FMI.
Dini se destacou pela rigorosa política fiscal e financeira e pelo combate ao déficit público italiano, um dos maiores do mundo.
Como ministro, ele elaborou o polêmico decreto que alterou a legislação de aposentadoria.
Dini propôs cortes nos benefícios aos aposentados (e em outros gastos sociais) e a elevação gradual da idade para aposentadoria.
Ele anunciou ontem os quatro pontos principais de seu governo:
1. mudança do sistema eleitoral;
2. revisão do Orçamento (mais cortes e um possível aumento de impostos, para uma economia de pelo menos US$ 13 bilhões);
3. aprovação pelo Parlamento da nova lei de aposentadoria;
4. elaboração de medidas para estimular o mercado de trabalho.

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