São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995
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Produções B dominam a noite

DA REPORTAGEM LOCAL

Num dia sem atrações arrebatadoras, chamam a atenção três filmes de especialistas em produções modestas (ou filmes B): "Fibra de Heróis", de Bud Boetticher (Record, 13h), "A Máscara Mortal", de Roger Corman (Manchete, 21h45) e "Creepshow", de George Romero (Bandeirantes, 21h45).
No primeiro, Boetticher conta com seu ator favorito, Randolph Scott, para narrar, na fronteira com o México, uma história bem ao seu gosto, com viradas inesperadas no enredo.
"A Máscara Mortal" é um bom exemplo da atmosfera gótica que o veterano Corman (que esteve há dois meses no Brasil) costumava, com poucos recursos e muita criatividade, extrair dos contos de Edgar Alan Poe.
Romero, outro mestre do horror barato, segue uma tendência quase oposta, de pouca sutileza e muita nojeira explícita.
Em "Creepshow", ele homenageia em cinco episódios os gibis de horror dos anos 50 (da EC Comics), com a ajuda de Stephen King como roteirista. O próprio escritor aparece como ator numa das histórias.
O resultado não costuma agradar aos estômagos fracos, mas há sempre uma nota de humor para suavizar a náusea.
O programa mais curioso da noite, entretanto, pode ser "A Última Festa de Solteiro" (Globo, 1h40), uma comédia em si bem fraquinha, mas que tem como protagonista o astro em maior evidência do momento, Tom Hanks, no início da carreira, ou seja, no tempo em que ele tinha motivo para ter cara de adolescente.

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