São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995 |
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Sistema centraliza informações sobre a União
CLÁUDIA TREVISAN
Instalado durante o governo Collor, ele foi o centro de uma polêmica que envolveu o senador Eduardo Suplicy (PT–SP), a ex-primeira-dama Rosane Collor e o ex-presidente da República. Através da ligação do computador de seu gabinete com o Siafi, Suplicy podia acompanhar diariamente todos os gastos do governo. Com o tempo, constatou que havia algo de errado com os gastos da LBA (Legião Brasileira de Assistência). As informações foram parar nas mãos de jornalistas, o caso veio a público e iniciou-se um processo de investigação na entidade dirigida por Rosane. Na época, o caso custou caro a Suplicy: o Executivo cortou o acesso dos parlamentares ao Siafi. Mas em pouco tempo a decisão foi revista. Hoje, todo parlamentar que quiser pode acompanhar a execução do Orçamento da União através de seu computador. Basta requerer uma senha ao Tesouro. Pela Siafi é possível saber, no final do dia, quanto e com o que o governo gastou e para quem fez pagamentos. O sistema é alimentado por 39.000 pessoas, que têm senhas para acesso de informações parciais, relativas a seu órgão. Esses funcionários são os responsáveis pela movimentação financeira das diferentes unidades do governo e todos os gastos que fazem são registrados no Siafi. Outras cerca de 1.500 pessoas têm acesso a informações globais, com toda a movimentação do Tesouro. Os auditores do Tribunal de Contas, por exemplo, podem acompanhar diariamente o que cada órgão do governo gasta diariamente, e como gasta. Nesse caso, qualquer irregularidade pode ser detectada muito mais rapidamente do que em São Paulo, onde o TCE acompanha a movimentação financeira através de relatório mensais. Texto Anterior: Só os números "de varejo" são fornecidos Próximo Texto: Mário Covas descumpre promessas de campanha Índice |
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