São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995 |
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Falta de segurança lidera as reclamações
ANTONIO ROCHA FILHO; MAURICIO STYCER
A secretária Luiza Copriva, 35, que frequenta o parque da Aclimação, presenciou uma cena de violência no local há seis meses. "Uma gangue bateu em um menino para roubar o boné dele. Eu procurei um segurança, mas não achei", disse. No Alfredo Volpi (ex-Morumbi), uma pesquisadora do Datafolha foi assaltada (leia abaixo). No parque Trianon (região central), um conhecido ponto de prostituição masculina da cidade, duas pesquisadoras reclamaram que foram abordadas de forma agressiva por estranhos. No Cidade Toronto (zona oeste), o radialista Marcos Teixera, 38, diz que já se cansou de encontrar seringas largadas no chão. O que ele nunca viu por lá foi a presença de seguranças. Prefeitura A prefeitura reconhece que o principal problema dos parques é a falta de segurança. "Antes de ter parques limpos, a população quer segurança", diz Terezinha Maria Sbrissa Campos, 50, diretora do Departamento de Parques e Áreas Verdes, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. "A Guarda Civil não tem homens suficientes para cuidar de todos os parques", diz Terezinha. São Paulo tem 29 parques municipais, num total de 15 milhões de m2. Cerca de 1,2 milhão de pessoas visitam esses locais por mês. Em alguns parques, é possível encontrar guardas civis, como Ibirapuera, Carmo e Guarapiranga. Nos outros, há rondas esporádicas. A diretora diz que a solução seria terceirizar o policiamento, como nos parques estaduais. Terezinha afirma que a falta de verbas dificulta a contratação de empresas. "Este ano, com o novo orçamento, nossa prioridade é a segurança." (ARF e MSy) Texto Anterior: Piscina suja atrai crianças Próximo Texto: Pesquisadora sofre assalto Índice |
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