São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995
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Visitante ignora risco e nada na Guarapiranga

ANTONIO ROCHA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nadar na represa, embora proibido e arriscado, é a maior atração dos visitantes do parque Guarapiranga (zona sul).
Enquanto nos playgrounds, quadras e churrasqueiras é possível encontrar lugar, na represa a disputa por espaço na água é acirrada.
Nem as placas de "É proibido nadar na represa" e "Área sob risco de desabamento, perigo de vida" afastam os banhistas.
O barranco às margens da "prainha", como é chamada a represa no trecho do parque, está prestes a desabar devido à erosão.
Na segunda-feira à tarde, o mecânico Vilson Lino de Oliveira, 34, e os irmãos gêmeos Achilles e Alex Araújo, 28, secavam o corpo após um banho na represa, em frente ao barranco.
"É meio perigoso desabar", disse Vilson. "Se der uma chuva, me mando daqui", afirmou Alex.
Terezinha Maria Sbrissa de Campos, do Departamento de Parques e Áreas Verdes da prefeitura, diz que recuperar o barranco é prioridade. "Houve falta de verbas em 94. Este ano, vamos corrigir."
Vilson, Achilles e Alex disseram estar acostumados a nadar na represa. Vilson já presenciou um afogamento no local.
"Os bombeiros não deixam ir fundo", disse Vilson. Ele conta que nenhum funcionário impede a entrada de visitantes na represa.
O Guarapiranga é um dos poucos parques municipais com policiamento constante. Há guardas civis durante o dia e, à noite, vigilantes contratados.
(ARF)

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