São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Índice

Diferença de preço chega a 5.391%

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancos são hoje como supermercados. Existem os caros e os baratos. A diferença no preço da tarifa cobrada pode chegar até a 5.391% (veja tabela de preços mínimos e máximos acima).
O preço das tarifas tem uma dupla função: 1) cobrir os custos de operações; 2) selecionar o nicho de mercado de atuação da instituição.
As tarifas são fixadas não pelo custo unitário da operação envolvida, mas pela estratégia de crescimento da instituição. Se, por exemplo, o banco tem interesse em ampliar sua carteira de empréstimos, provavelmente vai cobrar menos reais pela feitura ou renovação de um cadastro.
Não há, por exemplo, nenhum banco brasileiro que cobre R$ 20,11 por um talão de cheques –o custo total do talão segundo o cálculo da Febraban.
Pelo menos cinco instituições –Citibank, Nacional, Unibanco, Real e Boston– oferecem descontos em suas tarifas dependendo do tipo de relacionamento que o cliente mantém com o banco. Quanto maiores as operações, menores são as tarifas cobradas, chegando até a isenção total.
Essa política não significa necessariamente, porém, que estes bancos cobrem menos tarifas dos que os demais.
Para se ter um parâmetro de comparação, na Argentina, que reduziu sua inflação faz três anos, as tarifas cobradas são maiores do que as praticadas no Brasil.
É cobrada uma tarifa mensal para a manutenção de conta corrente, que varia de US$ 11 a US$ 27 dependendo da instituição.
Os bancos argentinos cobram de US$ 18 a US$ 22 pelo talão de cheque. No Brasil, as tarifas variam de R$ 1,75 a R$ 11,00. Na Argentina, a tarifa é de US$ 4 a US$ 6 por um extrato e, no Brasil, oscila entre R$ 0,20 e R$ 5,25.
(JCO)

Texto Anterior: Bancos aumentam as tarifas em 41%
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.