São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 1995 |
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Motoristas devem fazer novo protesto quarta
CLAUDIO AUGUSTO
O presidente do Transurb (sindicato das empresas de ônibus), Maurício Lourenço da Cunha, informou ao secretário municipal dos Transportes, Walter Coronado Antunes, que os empresários não estão dispostos a atender às reinvidações da categoria. Os trabalhadores exigem reposição salarial de 22,07% (IPC-r acumulado de julho a dezembro do ano passado) e elevação do vale-refeição de R$ 3,03 para R$ 5,05. Eles alegam que a rentabilidade das empresas cresceu 14,48% ao longo de 1994. De acordo com os dados do sindicato, houve redução de frota e aumento no número de passageiros transportados mensalmente pelo sistema. Segundo os empresários, o crescimento da lucratividade não é suficiente para conceder aumento de salário. Multa O secretário decidiu multar as empresas de ônibus que não cumprirem os horários de saída e chegada nos pontos iniciais e finais a partir desta semana. "Os empresários e os trabalhadores que se entendam", disse. A multa varia de uma a cinco UFM (Unidades Fiscais do Município), o que representa um valor entre R$ 31,86 e R$ 159,30. A decisão de não atender às reivindicações do sindicato dos motoristas e cobradores foi tomada pelos empresários na última sexta-feira. Os trabalhadores só vão conhecer oficialmente a decisão dos empresários hoje. O presidente do sindicato, José Alves do Couto Filho, o Toré, assumiu no dia 12 de dezembro. Ele não quer correr o risco de sofrer um desgaste no início de sua gestão. Amanhã, a categoria faz uma assembléia e Toré deve defender a retomada da "operação tartaruga". Os motoristas saem da garagem mas não cumprem os horários estabelecidos para cada viagem. Além de prejudicar os passageiros, a lentidão dos ônibus atrapalha o trânsito e causa congestionamentos. O presidente do Transurb não quis falar sobre o assunto. Ele disse que só vai se pronunciar hoje. Texto Anterior: Evolução desconsidera conforto Índice |
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