São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 1995 |
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Polícia ignora 'pega' programado e vigia áreas com bares e boates
DA REPORTAGEM LOCAL Embora a polícia afirme que não existam mais rachas programados, pelo menos seis pontos de encontro continuam funcionando em São Paulo."Toda quinta-feira eles se encontram aqui e saem para rachar. Até paramos de vender bebida alcoólica às quintas para diminuir a bagunça", diz um funcionário da 7-Eleven de Alphaville. Rachadores de várias regiões da Grande São Paulo se encontram ali e saem para "pegas" na rodovia Castello Branco. Outro ponto tradicional de rachas às quintas-feiras é na praça Deputado Dário de Barros, próximo à ponte Cidade Jardim. Um segurança que trabalha na área diz que o ponto é famoso e os rachadores são todos "filhos de gente importante". O que mais preocupa a polícia são as corridas em avenidas próximas a bares e casas noturnas. "A ordem é intensificar ainda mais o policiamento em áreas movimentadas à noite", diz o capitão Carlos Nakaharada, da PM. A polícia enfrenta dois problemas para pegar rachadores. No caso de uma disputa eventual, que acontece por acaso, é difícil alcançar e parar os envolvidos. Outro problema é que, em pontos de encontro, o racha obviamente não acontece se a polícia estiver por perto. Segundo um mecânico que prepara carros de passeio para correrem mais, o que muitos "rachadores conscientes" têm feito é combinar um local afastado durante a madrugada. O grande desafio para quem tem carro nacional é superar os importados, que chegam a 200 km/h sem nenhum ajuste especial no motor. "Já andei a 230 km/h", diz Gustavo (nome fictício), 22, que tem um Monza turbinado. "Não tem Mercedes nem BMW", se orgulha.(GBJ) A PM pede que quem souber de rachas denuncie pelos telefones 212-3777 ou 190. Texto Anterior: Pilotos pedem fim de corridas em ruas Próximo Texto: PONTOS DE ENCONTRO DE RACHADORES Índice |
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