São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 1995 |
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Pilotos pedem fim de corridas em ruas
PAULO HENRIQUE BRAGA
"Quem racha deveria receber multas pesadas e também tem que haver policiamento para coibir", diz o piloto Maurício Gugelmin, 31, que correu na Fórmula 1 e hoje está na Indy (competição de carros dos EUa, de que participa também o brasileiro Emerson Fittipaldi). Gugelmin admite ter "rachado" na adolescência, mas se arrepende. "Hoje vejo que era totalmente irresponsável." "Todo mundo que já correu de kart, começou cedo no automobilismo, já participou desse tipo de coisa. Em Curitiba, nós fazíamos na avenida Bispo Dom José, que não tem cruzamentos. Hoje eu percebo como o perigo era grande." O piloto avisa que quem realmente gosta de correr, deve procurar uma pista, "onde tudo é preparado." Ingo Hoffmann, 41, cita o exemplo dos rachas em Interlagos, que devem voltar a ocorrer em abril, como uma alternativa aos rachas de rua. "Na pista há uma estrutura de apoio", diz ele. Ele diz que nunca tirou rachas na rua e desaconselha essa prática. "Acho que a legislação deveria ser mais dura. Quando você guia um carro, tem que saber o que está fazendo", diz. Outro que aconselha os rachadores a saírem da rua é o piloto da Fórmula Indy Raul Boesel, 37. "O melhor é ir para a pista, fazer um curso de pilotagem. Lá você não põe em risco a vida dos outros", lembra ele. "Tive amigos que se machucaram em rachas, ou que machucaram outras pessoas. A coisa sempre acaba tendo um preço. Não vale a pena", diz Boesel. Segundo ele, o mais perigoso nos rachas é que os carros são mais velozes e os lugares mais movimentados. "Eu tive a sorte de poder expressar minha vontade de correr na pista. Por isso sei o quanto é perigoso correr na rua." Texto Anterior: PORQUE SEU CARRO NÃO É UM FÓRMULA 1 Próximo Texto: Polícia ignora 'pega' programado e vigia áreas com bares e boates Índice |
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