São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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PT critica líder pró-reformas

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção do PT desautorizou ontem declarações feitas por seu líder na Câmara dos Deputados, José Fortunati (RS), de que o partido fizera autocrítica de sua ausência na revisão constitucional.
Fortunati também afirmara que o PT já admite discutir pontos da reforma constitucional proposta pelo governo federal, entre os quais a flexibilização do monopólio das telecomunicações.
As declarações de Fortunati, que está deixando a liderança do PT, foram discutidas ontem pela executiva nacional petista. Segundo Rui Falcão, presidente do partido, a direção "discorda por unanimidade" de seu líder.
Para Falcão, Fortunati se equivocou ao dizer que houve arrependimento do PT por não ter participado da revisão constitucional. Segundo ele, a posição do partido e da bancada federal sempre foi contrária à revisão.
Sem citar Fortunati, Falcão fez duras críticas a ele. Disse que um líder ideal do PT na Câmara é aquele que tem a "grandeza de promover a unidade da bancada com a executiva e não alguém que promova a indústria da dissidência".
O presidente do PT afirmou que não estava se referindo a Fortunati. Mas disse que o novo líder petista na Câmara, Jacques Wagner (BA), "tem condição de fazer esse trabalho" de união do partido.

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