São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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Presidente pode rever seu salário, diz Jereissati

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente Fernando Henrique Cardoso, 63, está estudando a possibilidade de "rever pessoalmente o seu salário até que seja encontrado um salário mínimo razoável para a população brasileira", segundo informou ontem, no Rio, o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), 45.
O governador do Ceará esteve anteontem com Fernando Henrique e disse que o presidente "se sente bastante constrangido" com o fato de ter um salário alto. O Legislativo aprovou para FHC um salário de R$ 8.500.
Jereissati acredita que o salário mínimo só poderá ser aumentado através da reforma constitucional, por mecanismos que desvinculem o salário dos benefícios da Previdência Social.
Para o governador, a proposta do salário do presidente, assim como dos 15 salários anuais dos deputados federais, "é completamente inaceitável" e foi feita por um "Congresso que está saindo" e que não se pode "ter as últimas votações como referência" do relacionamento do Executivo com o Legislativo.
'Situação anômala'
Jereissati acha que a dificuldade de se conseguir aliança para as votações neste momento será superada em 1º de fevereiro, quando tomarão posse os novos deputados federais e senadores.
No mês de janeiro, "não houve alianças, vivemos uma situação anômala", disse Jereissati.
O governador do Ceará acha que, para negociar com o novo Congresso, não será necessário um coordenador político, uma das hipóteses que o Governo estuda.
Para ele, através do colégio de líderes dos partidos que apóiam o governo poderá ser feita esta coordenação.

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