São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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Cova dá prejuízo a Braslight

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A Braslight, fundo de pensão dos empregados da Light, acumulou de dezembro de 82 a março de 94 prejuízos de US$ 433,9 mil só com o pagamento de taxas de manutenção de 2.005 covas compradas no cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro.
O número consta do documento "Informações Confidenciais Braslight – junho/94", obtido pela Folha.
A Braslight está sob intervenção da Secretaria de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência Social, desde novembro de 93. O documento avalia as 1.791 covas que restavam em março de 94 em US$ 560 mil.
Segundo o trabalho, elaborado na gestão do interventor Carlos Eduardo da Rocha, as perdas contábeis com "imóveis problemáticos" somavam no primeiro semestre de 94 o equivalente a US$ 22,7 milhões.
Na caso das covas, o valor das perdas encontrado é uma projeção para 12 anos de despesas anuais de US$ 36,16 mil com a manutenção.
O atual interventor do fundo de pensão, Sérgio Benatti, disse que o valor de US$ 433 mil é exagerado porque nem sempre o custo de manutenção anual foi de US$ 36 mil. Ele está tentando vender as covas que restam (1.764) por R$ 700 mil, em 24 meses, para um consórcio que administra bens funerários. Esse preço, segundo Benatti, cobriria os prejuízos com a manutenção.

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