São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995 |
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Lista de remédio irregular tem erro
LUÍS EDUARDO LEAL
O Adolfo Lutz atribui à Eurofarma a fabricação dos remédios Cinarisina, Zylium, Flanax, Laxise, Piroxicam, Plasil e Carbolitium, mas apenas o último, um antidepressivo, é produzido pelo laboratório, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma). Nenhum remédio registrado como Laxise, conforme escrito na lista do Instituto Adolfo Lutz, consta do cadastro da Abifarma –o nome mais próximo é Lasix, fabricado por outra empresa. "A divulgação da lista nos surpreendeu, não só pelos erros, mas também porque não recebemos nenhuma notificação do Adolfo Lutz", diz Marina Rocha, gerente de comunicação da Eurofarma. O instituto admite a possibilidade de erros, que serão corrigidos "com transparência" quando forem constatados, segundo Odair Zenebon, diretor do Adolfo Lutz. O Carbolitium, único remédio da Eurofarma a constar da lista, é usado no tratamento de pacientes maníaco-depressivos. No levantamento do Adolfo Lutz, o Carbolitium está incluído na rubrica "análises de orientação". Zenebon reconhece que as "análises de orientação" não têm "valor legal" porque são feitas em amostras enviadas por consumidores, rede hospitalar etc. Em casos assim, qualquer irregularidade pode advir do manuseio do produto ou das condições de armazenamento na farmácia, hospital ou casa do usuário. Os testes que podem indicar com maior segurança eventuais irregularidades são as "análises fiscais", em que a vigilância coleta lotes fechados de medicamentos. Segundo Zenebon, dos 115 remédios listados, 42 são "análises fiscais" e 73 (63,5%), "análises de orientação". Entre estas aparece o creme Nistatina, que estaria contaminado por bactérias. A diretora da Vigilância Sanitária, Marisa Carvalho, considera precipitadas conclusões tiradas de "análises de orientação". Texto Anterior: Paciente de 220 kg fica no chão de PS por falta de cama para seu peso Próximo Texto: Leitor reclama de demora dos Correios Índice |
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