São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995 |
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Família busca doador há uma semana
DA REPORTAGEM LOCAL A família do empresário paulista Antônio Alfredo de Oliveira Moraes, 44, vem percorrendo há uma semana hospitais da cidade em busca de um doador de coração para transplante.Moraes tem uma doença, cuja causa está indefinida, que faz o tamanho de seu coração aumentar. No domingo passado, seu estado clínico se agravou e ele foi internado na UTI do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas). Como seu caso é muito grave, ele foi colocado entre os primeiros da fila de transplantes. A família de Moraes já percorreu 15 hospitais em busca de um doador. Anteontem, às 20h, a mulher de Moraes, Fátima, encontrou um indigente com morte cerebral no Hospital Municipal do Tatuapé. O caso não havia sido informado à Central de Captação de Órgãos da Secretaria Estadual da Saúde, conforme obriga a lei. "Assim que encontramos o provável doador avisamos à central, mas fomos informados de que ela iria aguardar a notificação do hospital", diz Fátima. Às 11h30, o hospital ainda não tinha notificado a existência do doador. A família decidiu pressionar a central, que entrou em contato com o hospital. "Era um doador em potencial. Quando a central entrou em contato com o hospital, foi informada que ele não tinha condições de transplante", diz Fátima. A família diz que houve negligência por parte da central de transplante, por não investigar o caso, e do hospital do Tatuapé, por não comunicá-lo. Segundo a enfermeira coordenadora da central de captação, Maria Fernanda Góes, o indigente encontrado pela família de Moraes não tinha condições de ser doador. "Ele entrou no hospital com a pressão zero, o que prejudica os órgãos para transplante", disse. Ela nega que tenha havido qualquer negligência por parte da central ou do hospital. Mas afirmou que nos últimos meses tem havido pequeno número de doadores. Texto Anterior: EUA proíbem venda de alisante capilar brasileiro Próximo Texto: Sistema telefônico do Rio entra em colapso Índice |
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