São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995 |
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Atividade industrial de 94 é recorde
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
O INA (Indicador do Nível de Atividade) cresceu 7,8% no acumulado de 94 sobre 93, atingindo recorde histórico. Sobre 86, o aumento é de 1,2% e sobre 89, recorde anterior, de 0,7%. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento de Economia (Decon) da Fiesp. As vendas reais da indústria aumentaram 14,6% no acumulado do ano passado sobre 93. A recuperação ocorreu principalmente após a implantação do Plano Real, no segundo semestre. Na comparação dos últimos seis meses de 94 com os seis primeiros, houve aumento de 17,2% no INA e de 25,5% nas vendas reais. "Com a redução da inflação, o crédito ao consumidor voltou a ser praticado, apesar dos juros altos. A confiança no real e menor medo do desemprego fez crescer a propensão ao consumo", disse Boris Tabacof, diretor do Decon. Segundo ele, a renda também teve aumento significativo no segundo semestre, com o fim do chamado "imposto inflacionário" e aumento do salário real. Os ganhos de produtividade e terceirização das funções pior remuneradas também contribuíram para o aumento de 9,2% nos salários reais médios pagos pela indústria no ano passado frente a 93, segundo Boris Tabacof. O nível de atividade industrial de dezembro mostra um fim de ano atípico, aquecido pelas encomendas de "última hora" do comércio: a alta foi de 25,7% na comparação com dezembro de 93. As vendas reais da indústria cresceram 42,4% no período. Desconsiderando-se fatores sazonais, a alta do INA em dezembro foi de 4,9% sobre novembro. As expectativas da Fiesp para este ano são otimistas: Boris Tabacof acredita em crescimento da atividade industrial de mais 5%. "Pelo que pudemos perceber, janeiro está bastante aquecido." A necessidade de investimentos para atender à demanda já "preocupa" a Fiesp, segundo Tabacof. A utilização da capacidade instalada na média da indústria paulista era de 78,8% em dezembro de 94. No setor de papel e celulose, chegava a 91,2% em novembro último, no têxtil, a 88,8% e no químico, a 84,7%. Próximo Texto: Total de empregados cai 2,3% Índice |
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