São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Morumbi passará por teste com simulação de torcida
HUMBERTO SACCOMANDI
Segundo Luis Cholfe, diretor de Obras do São Paulo, a simulação será um dos maiores ensaios em escala real (um por um) já feitos no Brasil. Normalmente este tipo de teste é realizado com maquetes. Cabos de aço serão amarrados e tensionarão a estrutura do Morumbi, aplicando uma força equivalente à do estádio cheio. Sensores medirão os efeitos nas bases das colunas que sustentam o estádio. Essas bases apresentam fissuras e são responsáveis por o estádio estar vibrando demais. Esses sensores (acelerómetros) foram importados do Japão, onde são usados para testar a resistência de estruturas a terremotos. Custaram US$ 64 mil ao São Paulo. "Depois do ensaio, vamos fazer um projeto de recuperação, executá-lo em uma das 72 bases e ensaiar novamente para ver o resultado. Se der certo, faremos o mesmo com as outras bases", disse Cholfe. Só depois do ensaio e da elaboração do projeto de engenharia para recuperação das bases será possível saber o custo da obra. Para o projeto de recuperação do estádio, o São Paulo fez um convênio com a Escola Politécnica da USP. Os ensaios serão realizados com equipamentos do Laboratório de Materiais da Poli. A recuperação da estrutura deverá ser feita através do processo de cintamento das bases. "O bloco está querendo engordar, pela pressão. Isso provoca fissuras. Nós vamos apertá-lo com um cinto de aço. Talvez usemos ainda uma membrana de concreto", disse Cholfe. Texto Anterior: Equilíbrio Próximo Texto: Saiba qual é realmente a situação do estádio Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |