São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Deputado articulou o Centrão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) chegou a Brasília em 87 como o filho do governador Antonio Carlos Magalhães. Não tinha luz própria, mas logo se destacou como um dos líderes do Centrão, grupo conservador formado no Congresso constituinte.
Bom articulador político, estruturou, ao lado dos deputados Ricardo Fiuza (PFL-PE) e Guilherme Afif Domingos (PL-SP), o grupo que retirou do PMDB a hegemonia sobre o processo constituinte.
Luís Eduardo votou no Congresso constituinte em teses neo-liberais, como a abertura do país ao capital estrangeiro e o fim dos monopólios estatais. As teses integram hoje o programa de governo de Fernando Henrique Cardoso.
Os votos contrários a temas como estabilidade no emprego, jornada de 40 horas semanais e direito de greve irrestrito renderam-lhe uma nota "zero" do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
Luís Eduardo submergiu por algum tempo após o Congresso constituinte. A liderança do partido na Câmara ficou com Fiuza. A volta ao poder começou a ser articulada no governo Fernando Collor de Mello.
Já como líder do PFL, em 92, Luís Eduardo foi para a tribuna da Câmara defender o ex-presidente na sessão que aprovou o seu impeachment. A fidelidade foi sempre uma característica da sua personalidade como político.
A corrida para a Presidência da Câmara começou em 93, quando ele foi eleito líder da bancada. Seguindo o estilo das velhas "raposas" políticas do Congresso, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, armou a sua candidatura em conversas de bastidores.
Luís Eduardo fez campanha sem apresentar propostas para a administração da Câmara.

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