São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Veteranas prometem surpresa nas fantasias

DA SUCURSAL DO RIO

As veteranas do Carnaval não pretendem entregar os pontos com facilidade. Brunet se dedica à fisioterapia para estrear sem defeito na Imperatriz, Monique diz que sua fantasia será "o maior mistério da avenida" e Luma ensaia sem parar.
Precursora das modelos como madrinhas de bateria, Monique, aos 38 anos, diz que vai desempenhar em 95 seu mais importante papel no Sambódromo.
Ela faz o maior mistério sobre a fantasia, desenhada pelo carnavalesco da União da Ilha, Chiquinho Spinoza. "Vou ser parte do enredo, como se fosse uma alegoria."
Pouco modesta e com a língua cada vez mais afiada, a modelo critica as colegas que pensam alcançar a fama no Sambódromo.
"Há 12 anos, quando fui a primeira madrinha de bateria, eu já era Monique Evans. É uma grande fantasia alguém achar que vai se fazer ali", desestimula.
Para Monique, as modelos podem chamar a atenção "cortando o pé para sambar, desmaiando ou tirando a calcinha", mas esse tipo de fama não resiste ao tempo.
Mais amistosa, Luma acha "superlegal ter gente nova no Carnaval". Às quartas-feiras, ela vai à quadra da Tradição, em Madureira (zona norte), ensaiar o samba.
Luma acha que sua função no Carnaval não se resume mais ao papel de mulher bonita. "A bateria não me vê mais como modelo, mas como a Luma, da Tradição."
Decepcionada com a Portela, Brunet pensou em conhecer o Carnaval de São Paulo, mas o clamor da "torcida" falou mais alto.

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