São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Números comprovam fracasso de Romário na estréia no Flamengo
MARCELO DAMATO
O jogador não repetiu nem de perto suas atuações na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Romário atuou pelo Flamengo quase da mesma maneira que fazia pela seleção. Ficou quase o tempo todo na frente esperando passes de seus companheiros. Não teve nenhuma orientação para marcar. O Datafolha acompanhou os sete jogos de Romário na Copa do Mundo e sua estréia pelo Flamengo. O jogador teve sua atuação medida em 20 fundamentos. As maiores diferenças estao ligadas a sua maior virtude: o poder de finalização. Romário foi artilheiro de todos os clubes onde jogou, Vasco da Gama, PSV (Holanda) e Barcelona (Espanha). Na Copa fez cinco gols, um a menos do que os artilheiros da competição. Nos EUA, Romário fez, em média, cinco finalizações por partida. Dessas, três foram corretas (em direção ao gol) e duas saíram para fora. Esses números incluem chutes e cabeçadas. Contra o Uruguai, porém, Romário fez uma finalização, errada. A queda, em números totais, foi de 80%. Outros números refletem a apatia do jogador em campo. Na Copa do Mundo, ele recebia 42 bolas por partida. Na sexta-feira, foram apenas 8, em 78 minutos. A sua atuação reflete-se até no número de bolas perdidas. Nos jogos da Copa foram 11, em média, e no Serra Dourada, 4. Menos acionado, o jogador sofreu menos faltas, uma na sexta-feira, contra duas, em média, no Mundial. Os impedimentos revelam também a falta de ritmo. No amistoso, ficou duas vezes nessa posição, o dobro da média na Copa. O atacante melhorou, porém, em alguns fundamentos: fez três desarmes completos –contra dois, na Copa– e errou 25% dos passes –a média nos EUA foi de 29%. Texto Anterior: Treinadores e jogadores da Itália querem adiar rodada Próximo Texto: Atacante é escolhido melhor jogador do mundo Índice |
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