São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995 |
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Invasões derrubaram o presidente do Incra Aumento do desemprego na indústria gerou protestos RUI NOGUEIRA
FHC demitiu na quarta-feira passada o fazendeiro Brazílio de Araújo Neto da presidência do Incra e colocou no seu lugar Francisco Graziano. Trocou um homem de confiança do ministro José Eduardo de Andrade Vieira (Agricultura) por um homem da sua confiança, seu ex-secretário. Embora Andrade Vieira diga publicamente que participou da escolha de Graziano, a opção de Fernando Henrique coloca o Incra em contato direto com o Palácio do Planalto. A demissão de Brazílio foi uma concessão clara aos trabalhadores sem terra. A Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) recusava-se, desde que ele assumiu, em maio, a negociar com o Incra. Nos últimos meses, além de ter crescido o número de invasões, elas se tornaram mais violentas. FHC também cedeu para não atender a outra reivindicação dos sem-terra -eles queriam que o Incra saísse do Ministério da Agricultura e passasse a ser um órgão da Presidência da República. Lei eleitoral Outra intervenção de FHC: o presidente sancionou, mas com quatro vetos, a lei eleitoral que dita as regras para as eleições municipais do ano que vem. O veto principal derrubou as restrições à divulgação de pesquisas -os deputados queriam que as pesquisas fossem proibidas durante toda a campanha. Fernando Henrique considerou inconstitucional a proposta dos parlamentares, porque o artigo 220 da Constituição não permite ``qualquer restrição" à informação. Pelas regras sancionadas, a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV vai começar 60 dias antes da eleição. Texto Anterior: Cocar de índia foi o melhor modelão de Ruth Cardoso Próximo Texto: DROPES Índice |
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