São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fundos tendem a ter perfis bem diferentes

Neste primeiro momento da nova ``família" dos fundos de investimento, os FIFs, a maioria deve manter o perfil de renda fixa. Há também os FACs (Fundos de Aplicação em Cotas dos FIFs), mas para o investidor não há diferença.
Ter perfil de renda fixa significa que suas carteiras (conjunto das aplicações feitas com os recursos dos clientes) estarão formadas, basicamente, por títulos públicos e privados que rendem juros.
Para clientes conservadores, que desejam apenas proteger seu capital da inflação e ganhar algum juro efetivo, essa é a melhor opção.
Os juros ainda estão bem acima da inflação, embora a tendência seja de queda gradual, se a trajetória do Real não for interrompida por episódios tipo crise mexicana.
Além dos fundos com carteira de renda fixa, inclusive DI (Depósito Interbancário, que segue mais de perto a oscilação dos juros), os bancos também vão lançar outros de perfil cambial (protegem contra oscilações no câmbio, próprios para quem tem dívidas em dólar) e aqueles mais agressivos, que operam nos mercados futuros.
Esses fundos mais agressivos já existiam antes, administrados principalmente por bancos ``de varejo", que têm menos clientes com maior capacidade financeira.
Importante, antes da escolha, é o investidor definir qual o risco que se dispõe a assumir. Para quem não tem um patrimônio bem razoável, que permita correr riscos de perdas no curto prazo, os fundos agressivos não são indicados.
Os fundos de ações não tiveram mudanças e são alternativa para quem pode deixar o dinheiro parado por mais tempo.
A idéia do Banco Central é que os fundos se segmentem cada vez mais e, mesmo nos de renda fixa, a rentabilidade seja definida pelo prazo. Quanto maior o prazo, maior a rentabilidade.
Por enquanto, as rentabilidades dos FIFs de renda fixa ficarão próximas, diferenciadas pela taxa de administração cobrada pelo banco. Aos poucos, as próprias carteiras abrigarão títulos que também vão atrelar rentabilidade a prazos.

Texto Anterior: Saiba preservar o dinheiro ``antigo" dos commodities
Próximo Texto: Consultor indica juros e ações como alternativas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.