São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995
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Governo espera inflação em torno de 16% para 96

VIVALDO DE SOUSA; LILIANA LAVORATTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A equipe econômica trabalha com um cenário de inflação média mensal de 1,5% no último trimestre do ano. O cenário previsto para 96 é ainda melhor: inflação média entre 1,2% e 1,3% ao mês (15,4% a 16,8% ao ano) e crescimento de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto, que mede as riquezas produzidas no país).
A liberação das medidas de restrição ao crédito virá gradualmente. As regras para formação de novos grupos de consórcios de veículos serão mudadas até o final de outubro. O atual prazo de seis meses deve ser elevado para 24 meses. Também são estudados prazos de 12, 36 e 50 meses.
Nesta semana serão anunciadas medidas para incentivar a construção civil. O governo ainda não sabe se o prazo de compras pelo crediário com recursos bancários será ampliado acima de três meses. Depende do comportamento das vendas nas próximas semanas.
Quando vier, a ampliação do crediário será geral para todos os produtos. Uma das idéias em discussão é ampliar o prazo para seis meses -utilizado hoje na venda de veículos. Também deve ser permitido o parcelamento das compras feitas no cartão de crédito.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, disse à Folha que o crescimento econômico em 1996 deverá ser mais constante do que o de 1995. Neste ano o PIB cresceu 10% no primeiro trimestre, mas deve fechar dezembro com 5,7%.
O cenário elaborado para este semestre prevê exportações maiores que as importações, mas fechando 95 com déficit.

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