São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995 |
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Especialistas têm críticas
ANDRÉ LOZANO
Para o promotor do Centro da Infância e da Juventude da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, Roberto Tardelli, o programa é ``esdrúxulo" e ``um convite à mendicância". ``A Febem tem um orçamento que deve ser usado nos seus projetos. Se faltar dinheiro, que peça complementação orçamentária, mas não coloque crianças nas estradas para pedir dinheiro", disse Tardelli. O promotor da Vara da Infância e da Juventude da capital, Ebenézer Salgado Soares, tem a mesma opinião. ``A forma de arrecadação desse programa é equivocada porque os recursos têm de vir do Estado. Da maneira proposta, o Estado está oficializando a esmola", afirmou. Para a coordenadora do Centro de Referência da Criança e do Adolescente, a advogada Lia Junqueira, a proposta do governo paulista é polêmica porque ``coloca menores no pedágio a espera de migalha, o que, aliás, é isso que fazem nas ruas." Ela disse que, se os menores tiverem permissão judicial para participar do projeto e não tiverem menos de 14 anos, o programa não infringirá o Estatuto da Criança e do Adolescente. ``Só estão impedidas de trabalhar crianças com 14 anos ou menos", afirmou a advogada. (AL) Texto Anterior: Advogada sugere repasse Próximo Texto: Movimento em estradas deve superar o de 94 Índice |
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