São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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Fenômeno trará polêmica

DA REDAÇÃO

A deflação é considerada por muitos economistas como prova da recessão. Não haveria, portanto, nada a comemorar.
A queda de preços geralmente ocorre quando a oferta de bens é maior do que o consumo. Com o acirramento da concorrência, as empresas são obrigadas a rebaixar os preços para conseguir vender.
No caso brasileiro, não haveria aumento da oferta porque as fábricas investiram e passaram a produzir mais. O que estaria ocorrendo é que as pessoas e empresas passaram a consumir menos, vítimas do arrocho no crédito e juros altos.
Além disso, as empresas se defrontam também com a concorrência externa. Produtos industriais e agrícolas importados -alguns acusados até de ``dumping" ou concorrência desleal- inibem aumentos dos preços internos.
Logo que surgiram sinais da deflação, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, apressou-se em dizer que era um fenômeno esporádico. Deflação, de acordo com o ministro, é um processo continuado de queda.

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