São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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Setor de fundição aceita reduzir encargos

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de fundição, representada pela Abifa, aceitou a proposta da central Força Sindical de reduzir encargos sociais para trabalhadores com mais de 45 anos e menos de 18.
O acordo deve ser formalizado até o próximo dia 27 e envolve sindicatos que representam cerca de 30 mil trabalhadores no Estado. Em todo o país, são 54 mil.
O principal ponto acertado entre as partes é retirar as chamadas contribuições parafiscais nas contratações dos trabalhadores com mais de 45 anos e menos de 18.
Entre essas contribuições, estão: salário educação, auxílio enfermidade e contribuições para entidades como Senai, Sesc e Sesi.
Ontem representantes das duas entidades realizaram reunião, que discutiu os termos do acordo -que inclui outros pontos além do acertado ontem.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ``a intenção é incorporar os trabalhadores dessas faixas de idade, que hoje estão praticamente fora do mercado".
Oswaldo Fernandes, coordenador da Comissão de Negociação da Indústria de Fundição, concorda com essa avaliação. Para ele, ``o excesso de proteção dessas faixas inibe as contratações".
``Essas propostas terão que ser incorporadas ao acordo coletivo da categoria, para terem validade", avalia Fernandes.
Os trabalhadores realizarão no próximo dia 27 assembléia da categoria, cuja data-base é em 1º de novembro, que apreciará a redução dos encargos.
Mesmo que aprovada a redução dos encargos, será necessário ainda alterar a legislação sobre o tema. Paulinho diz que, caso aprovadas, as propostas serão colocadas em prática ``mesmo contra a lei para que o governo tenha que negociar".
A indústria brasileira de fundição faturou no ano passado US$ 2,7 bilhões, com uma produção de 1,76 milhão de toneladas. Os principais itens da indústria são aço e ferro fundidos. São mil empresas em todo o país, concentradas no Estado de São Paulo.
O setor exportou, no primeiro semestre de 95, US$ 162 milhões, contra US$ 762 milhões exportados ao longo de 94.

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