São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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BC quer deixar de regulamentar e fiscalizar o sistema de consórcio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central prepara um anteprojeto de lei para que o setor de consórcios tenha uma legislação específica, e o Código de Defesa do Consumidor tenha mecanismos para defender o consorciado.
A proposta estará concluída em seis meses, estima o diretor de normas do BC, Cláudio Mauch. Ontem, ele defendeu na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados que a regulamentação e fiscalização de consórcios não é atribuição do BC.
Com o alongamento dos prazos de consórcios de automóveis para no mínimo 50 meses e no máximo 60 meses serão formados 11 mil grupos, segundo previsão oficial.
O BC possui hoje 450 fiscais, segundo Mauch, para fiscalizar 465 empresas de consórcios.
A retirada do BC da regulamentação e fiscalização de consórcios não agradou aos deputados que acompanharam o depoimento do diretor do BC.
Mauch disse que, com uma lei específica, a Justiça ficará responsável pela punição do descumprimento das normas. O presidente interino da comissão, Celso Russomano (PSDB-SP), disse que a fiscalização deve ficar com o BC ou com a Receita Federal.
Russomano disse que encaminhará ao Ministério Público uma representação por crime de prevaricação contra Mauch (caracterizado quando o funcionário público não cumpre sua função), caso o BC não autue as administradoras que não entregaram automóveis aos consorciados. Hoje, 13.335 carros devem ser entregues aos consorciados, segundo o BC.

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