São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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Leone é o gênio do gênero

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de Clint Eastwood houve Sérgio Leone e seu ``Era uma Vez no Oeste", que a Globo exibe hoje (1h10).
Se o primeiro ressuscitou de forma brilhante um gênero morto, o ``western" (em ``Os Imperdoáveis"), Leone já havia transformado em fato o que já se suspeitava na teoria: a idéia de que o velho oeste não é um período da história americana, mas uma construção mental, uma terra de pura simbologia.
Assim, nada mais correto que a criação, na Itália, da ``indústria" de filmes de cavalos e caubóis de que Leone é um, ou talvez o maior, dos gênios.
A história de ``Era uma Vez", como em tudo que caracteriza o gênero, recorre a uma idéia comum. No caso, a vingança e a perseguição, na história de um pistoleiro contratado para matar uma mulher.
Mas a genialidade de Leone, na maneira que utiliza seus personagens, é criar o novo e o inusitado a partir do que já é conhecido, se fortalecendo exatamente pelo olhar que revitaliza o clichê.
Rodado no final dos anos 60, Leone dava vida a um universo, o do faroeste, que morria. Seu tom é o mais puro e reluzente sépia.

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