São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995 |
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Leone é o gênio do gênero
MARCELO REZENDE
Se o primeiro ressuscitou de forma brilhante um gênero morto, o ``western" (em ``Os Imperdoáveis"), Leone já havia transformado em fato o que já se suspeitava na teoria: a idéia de que o velho oeste não é um período da história americana, mas uma construção mental, uma terra de pura simbologia. Assim, nada mais correto que a criação, na Itália, da ``indústria" de filmes de cavalos e caubóis de que Leone é um, ou talvez o maior, dos gênios. A história de ``Era uma Vez", como em tudo que caracteriza o gênero, recorre a uma idéia comum. No caso, a vingança e a perseguição, na história de um pistoleiro contratado para matar uma mulher. Mas a genialidade de Leone, na maneira que utiliza seus personagens, é criar o novo e o inusitado a partir do que já é conhecido, se fortalecendo exatamente pelo olhar que revitaliza o clichê. Rodado no final dos anos 60, Leone dava vida a um universo, o do faroeste, que morria. Seu tom é o mais puro e reluzente sépia. Texto Anterior: Bomba! Bomba! A Tia Hebe tem pauzão! Próximo Texto: Zemeckis revisita a boa aventura Índice |
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