São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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Presos palestinos começam a deixar as prisões israelenses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel libertou ontem 281 palestinos detidos em prisões israelenses da Cisjordânia. O governo israelense anunciou anteontem cerca de mil seriam soltos.
Alguns, porém, se recusaram a sair das celas até que todos palestinos sejam libertados.
A polícia de Israel disse que dos 5.000 palestinos presos por seu governo 960 serão postos em liberdade até o fim da semana.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) protestou contra as negativas de Israel em perdoar quatro mulheres, entre elas a brasileira Lamia Maruf.
Ahmed Tibi, conselheiro do líder palestino, Iasser Arafat, pediu ontem à Suprema Corte de Israel a liberdade das presas.
Ele disse que mantê-las na prisão é uma clara violação do acordo de ampliação da autonomia palestina, assinado dia 28 de setembro, em Washington.
Pelo acordo, todas as palestinas detidas deveriam ser soltas imediatamente. O Exército israelense deveria ter deixado seis cidades da Cisjordânia em 8 de outubro.
Nidal al Tousheh exultou sua liberdade: ``Este é um grande momento e um produto da paz". Al Tousheh passou 29 meses detido em Nablus, norte da Cisjordânia.
Todos os palestinos soltos ontem cumpriam pena em prisões da Cisjordânia. Eles saíram da cadeia e foram para casa de familiares.
O governo israelenses entregou ontem à OLP a administração do povoado de Salfit, em Nablus. Os cerca de 8.000 habitantes do local comemoram o fim de 28 anos de ocupação israelense.
A OLP deve assumir hoje a administração dos povoados de Iatta e Kharbata, na Cisjordânia.

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