São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995 |
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Amarildo é elogiado
ARNALDO RIBEIRO
``Ele é um jogador que tem muitas qualidades, mas é incompreendido por parte da torcida e da imprensa. O seu grande mérito e não ter vergonha de treinar e de se aprimorar, apesar da idade", afirmou Telê. Hoje, contra o Botafogo, o prestigiado Amarildo substitui o titular Caio, que está suspenso. (AR) Folha - Você entende que fez a sua melhor exibição, desde que chegou ao São Paulo, na partida contra o Boca Juniors? Amarildo - Sim. Foi comparável ao jogo contra o Santos, que nós vencemos na Vila Belmiro. Os gols que marquei contra o Boca serviram como um prêmio para mim, já que estava recebendo muitas críticas. Folha - Você se refere às críticas dos torcedores? Amarildo - Sim. No jogo diante da Portuguesa, no Morumbi, fui vaiado desde o primeiro momento. A torcida deve entender que eu não sou um supercraque, não parto para cima dos zagueiros, mas sou útil para a equipe. Sei fazer gols, por exemplo, e não joguei um tempão na Itália por acaso. Folha - E o apoio do técnico Telê Santana? Amarildo - Ele é um dos poucos que acreditam em mim. Ele me convenceu de que eu tenho condições de aprender muita coisa, mesmo após 12 anos de carreira. Os gols contra o Boca também servem de presente para o Telê, que completou cinco anos de São Paulo. Folha - Você também parece ser querido entre os jogadores... Amarildo - Eles me incentivam em todos os momentos e têm confiança para tocar a bola para mim. Folha - Você tem boas lembranças do Botafogo? Amarildo - Joguei lá em 84 e 85. Foi uma barra. Vim do Paraná, com apenas 19 anos, e enfrentei muitas cobranças porque o time não ganhava títulos há anos. Além disso, ficamos três meses sem receber salários. Texto Anterior: Telê teme desgaste físico do São Paulo Próximo Texto: Autuori mantém esquema ofensivo Índice |
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