São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995
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Arquipélago sofre degradação

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DA REPORTAGEM LOCAL

O professor Evaristo Miranda afirma que a falta de fiscalização na exploração do turismo em Fernando de Noronha está prejudicando o arquipélago.
Segundo Miranda, o turismo se desenvolveu sem nenhum cuidado, sem planejamento, sem padrão. ``Qualquer pessoa pode abrir uma pensão lá".
Entre os problemas mais graves estão o acúmulo de lixo, a ocupação humana e o abuso dos recursos hídricos do arquipélago.
``O turista quer mamão no café da manhã, sem se importar como ele foi trazido."
O professor adverte que nas construções realizadas na ilha são utilizadas as areias das dunas do arquipélago, porque as praias são de coral moído. Por isso, as dunas podem sofrer danos irreversíveis.
Um dos problemas ocasionados pelo desconhecimento do meio ambiente local e da interferência humana é a diminuição dos efetivos de atobá, uma ave litorânea.
O animal, que se alimenta durante o dia, foi introduzido no arquipélago para matar ratos, que saem das tocas à noite.
Além de não exterminar os ratos, o teiú (espécie de lagarto) come os ovos dos atobás, de fácil alcance. As aves sempre fizeram seus ninhos no chão porque nunca sofreram a ação de predadores.

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