São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995 |
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Universal discute agressão
DA REDAÇÃO O Conselho Episcopal da Igreja Universal, formado por 18 bispos de vários Estados, vai analisar a atitude de Von Helder no final deste mês, em reunião ordinária.Dois dirigentes da Universal procurados ontem pela Folha disseram ser contrários à apresentação do colega Von Helder -o pastor Ronaldo Didini, apresentador do programa "25ª Hora", e o bispo Carlos Alberto Rodrigues, de Belo Horizonte. Didini, entretanto, justificou: "Ele foi movido pela tensão provocada por milhares de cartas e abaixo-assinados protestando contra a existência de um feriado nacional de motivação católica num país cuja Constituição separa Estado de religião". Rodrigues disse que o conselho vai analisar se Von Helder feriu o estatuto da Igreja Universal e se estaria sujeito a algum tipo de repreensão. "Eu, pessoalmente, procuro ter uma convivência mais harmoniosa com outras religiões", afirmou. Segundo ele, a Igreja Universal defende, com base na Bíblia, que não se deve adorar imagens. "Nem por isso quer passar uma imagem de beligerância", disse. Ele admite que o conselho conclua que não há nada de errado no comportamento de Von Helder. Feriado Uma das metas da Igreja Universal é eliminar feriados católicos, com base no preceito constitucional de que o Estado brasileiro é laico (o país não tem religião oficial). Ronaldo Didini afirmou que o deputado federal Paulo de Velasco (PSD-SP), ligado à Igreja Universal, apresentou projeto de lei proibindo o feriado de Nossa Senhora Aparecida. A questão está sendo acompanhada por advogados da Igreja Universal. Texto Anterior: Evangélicos atacam culto a Nossa Senhora Próximo Texto: `Igreja está perdendo infiéis' Índice |
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