São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995 |
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FHC busca apoio de Sarney para o FSE
SÔNIA MOSSRI
FHC precisa da garantia dos recursos do FSE porque avalia que somente conseguirá aprovar uma reforma tributária capaz de equilibrar as contas públicas em 1997, a qual entraria em vigor em 1998. O Planalto considera que Sarney, o senador Jáder Barbalho (PMDB-PA), líder do partido no Senado, e o deputado Paes de Andrade (PMDB-CE), presidente do partido, comandam um movimento contra o FSE já pensando na sucessão de FHC em 1998. ``A questão do Fundo Social de Emergência não tem nenhuma relação com a sucessão presidencial", disse Sarney à Folha. Ele observa que é mais um problema ``doutrinário" do que ``político". FHC e a cúpula do PSDB consideram inevitável uma negociação com Sarney para conseguir a prorrogação do fundo. Na prática, isso já começou. Se depender do Planalto, Sarney será um convidado permanente da comitiva oficial que acompanha o presidente nas viagens internacionais. O senador viajará com FHC para a Argentina no domingo. Além disso, os pleitos da filha de Sarney, Roseana, governadora do Maranhão, com relação à liberação de verbas do Orçamento da União também passaram a ser prioritários para o Gabinete Civil e Secretaria Geral da Presidência. As lideranças do governo no Congresso e o Planalto não contam mais com a aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e com as mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e contribuição sobre autônomos e inativos da União, que renderiam anualmente R$ 15 bilhões. Texto Anterior: Ministros do STF defendem estabilidade Próximo Texto: O recesso dos manuais Índice |
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