São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995 |
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México atrai US$ 12 bi em investimentos
FLAVIO CASTELLOTTI
Dessa quantia, US$ 4 bilhões se referem a investimentos das empresas de telecomunicações, interessadas na abertura do mercado mexicano. ``O México será a nova Coréia do Sul", disse Lonnie Pilgrim, presidente da Pilgrim's Pride, empresa do setor de alimentos que investirá US$ 40 milhões até o ano 2000 em suas fábricas mexicanas. Outros setores que pretendem expandir seus negócios no país vizinho são construção civil, eletroeletrônicos, turismo e papel. A decisão dos empresários foi divulgada ontem, em Nova York, em jantar com o presidente mexicano, Ernesto Zedillo, durante sua visita de três dias aos EUA. Os empresários ressaltaram que os US$ 12,1 bilhões anunciados não correspondem ao total do investimento norte-americano no México para os próximos cinco anos. O total está estimado em US$ 15 bilhões. Todos os empresários que discursaram na cerimônia demonstraram plena confiança na retomada do crescimento mexicano. Zedillo, por sua vez, afirmou que o México vai devolver ``cada centavo" do pacote de ajuda financeira de US$ 20 bilhões concedido em fevereiro pelo governo dos EUA. ``O pacote foi um ótimo investimento dos norte-americanos", completou. Os números, porém, ainda não revelam nenhuma recuperação do investimento externo no México. No primeiro semestre de 95, o investimento estrangeiro direto no país foi de US$ 2,5 bilhões, 26% a menos que o registrado no mesmo período de 94. Os EUA respondem por 48% desse montante. O saldo total de capitais estrangeiros (incluindo investimentos em papéis) na Bolsa mexicana foi de US$ 25,2 bilhões em setembro. Essa quantia é 7,4% menor que a do final de agosto e 27% inferior à do final de dezembro, o que mostra que os investidores ainda estão muito cautelosos. Texto Anterior: Prioridade para a reforma administrativa Próximo Texto: FMI cobra ajuda a países pobres Índice |
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